domingo, 11 de dezembro de 2011

terça-feira, 6 de dezembro de 2011


Há dias...
Pontual, atrasada ou adiantada, a verdade é que acordo [sempre] bem disposta. Depois, é uma questão de procurar manter o estado. No mínimo.
Ultimamente não tem sido fácil. O "ultimamente" significa algumas semanitas. Pareço qualquer coisa como uma torneira avariada sempre a jorrar água. Pareço uma menina melindrada que qualquer coisa a faz chorar.
Não gosto disto.
E também não gosto de escrever sobre isto.
Por hoje, chega [ponto]

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Cromos I

cromo |ó| 
(grego
 khrôma, -atos, cor) 
s. m.
1. Corpo simples metálico cujas combinações oferecem belas cores; crómio.
2. Desenho impresso a cores.
3. [Química]  O mesmo que crómio.
4. [Informal]  Pessoa que tem um comportamento considerado estranho ou ridículo.

Estava eu a estupidificar em frente à televisão, a queimar o tempo livre que não tenho a ver o “Você na TV”, quando eles começam uma rubrica sobre cromos. Obviamente que Nuno Markl, além vir logo à minha ideia… e saltou para a primeira cadeira de convidados. Mas não é isto que importa agora.
Isto para dizer que, todos nós temos os nossos cromos. Sejam eles para colar numa caderneta ou daqueles de carne e osso que se cruzam no nosso dia-a-dia. E é sobre estes últimos que vou perder uns minutos.
Trabalhar em contacto directo com o público é uma constante montanha russa de estados de alma. Miscelânea de estados de alma, de humor, de paciência… um sob e desce constante. E ainda bem que assim, afinal, somos todos diferentes, geramos emoções diferentes… E se a montanha russa fosse plana, constante em velocidade… pagar-se-ia bilhete para andar nela? Não me parece. O bom disto, é que para a montanha russa diária, não se paga bilhete.

Tudo isto, para falar de cromos.

A senhora ML, viúva, tem tanto de simpática como de chata. Aliás, é tanta simpatia que até chateia. Mas, entenda-se, não é aquele “chatear” que nos faz encerrar o sorriso o resto do dia. É mais aquele chatear de soltar um profundo suspiro quando a senhora ML decide ir embora, depois de esclarecida, depois de ter questionado, ouvido a resposta, questionado de novo, ouvir a resposta de novo e voltar a questionar dando a resposta só para confirmar que não se baralhou e, finalmente, sair. E, passados, 2 minutos, voltar. “É só mesmo para confirmar, menina”. Certo.
Pequenina, redondita… faz-me sempre lembrar uma matrioska vestida de negro.
A simpatia e ternura desta septuagenária roçam a comédia quando esta começa a falar.
ML não tem doenças, tem maladias. ML recorre a uma trazudora quando precisa de trazudir documentação. "Sé vré menina! Uí uí!"

Os muitos anos vividos em França transformaram-lhe assim a língua materna. Normal, claro. Mas, confesso, deliro com o seu francês… com acentuação serrada no português. Ou... com o seu português com cheirinho a biscuit français.
Ultimamente, as suas visitas têm sido muito mais frequentes. A morte do seu mari levam-na a fazer muitas voltas, a ir muitas vezes à trazudora, a pensar muito e agravar as maladias da cabeça. “Mas é tudo necesssaire, não é menina?”. É, dona ML. C’est la bureaucratie portugaise que só nos traz maladias.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O café da Vida

Porque, um dia, alguém me disse:

"O café da vida (entende como café aquilo que quiseres) serve-se quente, numa chávena preta, com um pau de canela. Uns saboreiam-no sem pressas, aproveitam cada gota que ele tem para nos oferecer... Outros bebem-no de uma vez e ficam sem nada... Outros derramam-no sem o terem sequer provado. Eu tento fazer parte dos primeiros, em todos os "cafés" que me aparecem na vida... e tu?"

A.N. 17/05/04